Plantas vasculares sem sementes
O filo Pteridophyta tem sido considerado
como compreendendo apenas as samambaias, porem, recentemente as psilotales
estão sendo reconhecidos como “samambaias simplificadas”, não merecendo o status
de filo separado ( RAVEN,
2007). Há cerca de 11000 espécies de
samambaias atuais, o maior e mais diverso grupo de plantas depois das
angiospermas. Provavelmente a diferenciação das samambaias atuais ocorreu no
período Cretáceo Superior, depois que a formação de diversas florestas de
angiospermas aumentou a extensão habitantes nos quais as samambaias perderam propagar-se.
A diversidade das samambaias é maior nos
trópicos, onde cerca de ¾ das espécies são encontrados. Cerca de 1/3 de todas
as espécies de samambaias tropicais crescem sobre troncos ou ramos de arvores
como epífitas.
As samambaias podem ser classificadas como
eusporangiadas ou leptosporangiadas, de acordo com o desenvolvimento dos
esporângios. Em um esporângio, as células parentais, estão localizados na
superfície do tecido a partir qual o esporângio é produzido. As células
parentais dividem-se paralelamente a superfície, resultando na formação de uma
serie de células interna e externa. A camada celular externa origina à parede
do esporângio com varias camadas. A camada interna da origem a um conjunto de
células irregularmente orientadas a partir do qual se originam as células-mães
de esporos.
Os lepstoporangios são orientadas a
partir de uma única célula inicial superficial, que se divide transversal ou
obliquamente. Por esta divisão são produzidas duas células: a interna que pode
contribuir com células que originam uma grande parte do pedículo do esporângio
ou permanecer inativa e não participar do desenvolvimentos posteriores do
esporângio que é a condição mais comum. A célula externa origina um elaborado
esporângios pedicelado com uma capsula globosa, a qual possui uma parede com
uma camada de células de espessuras.
Internamente a está parede existe uma
estrutura nutritiva com duas camadas de células de espessuras denominada
tapete. A massa interna do lepstoporangio finalmente diferencia-se em
células-mães de esporos cada uma.
A maioria das samambaias atuais é
homosporadas a heterosperada está restrita a duas ordens de samambaias
aquáticas atuais.
As pteridófitas reúnem todas as plantas
que possuem tecido de condução: floema e xilema. Não possuem flores, frutos e
nem sementes. A reprodução ocorre com a formação de
esporângio e a liberação de anterozóides flagelados e possuem geração
gametofítica e esporofítica independentes na maturidade.
Quanto ao habito, pode ser herbácea (não apresentam
crescimento secundário) e arbórea. Quanto às
formas de vida, podem ser terrestres, epífitas (vive sobre outras plantas sem
parasitá-las), aquáticas e trepadeiras (crescem sobre outra planta ou qualquer superfície, parasitando-a).
A evolução das plantas vasculares sem sementes
“As
plantas, como todos os seres vivos, possuem ancestrais aquáticos, e a historia
da evolução das plantas está inseparavelmente relacionado com a ocupação
progressiva do ambiente terrestre e o aumento de sua independência da água para
reprodução (RAVEN,2007).”
Acredita-se que as
pteridófitas evoluíram de algas verdes adaptando-se ao meio terrestre no
período Ordoviciano, aproximadamente a 450 milhões de anos. O evento que marcou
o surgimento das plantas vasculares foi o aumento do tamanho do corpo
vegetativo, a formação dos tecidos de condução de seiva, que proporcionaram o
transporte de alimentos até os órgãos
onde é possível a realização da fotossíntese, o desenvolvimento de um sistema
radicular para fixar a planta e captar água e o aparecimento cutícula
cerosa, limitando a perda d’água. Com o
surgimento da cutícula, impossibilitou as trocas gasosas com o meio ambiente,
surgindo e evoluindo os estômatos e as células-guarda.
Na evolução das plantas e a ocupação
do ambiente terrestre, a formação de esporos de resistência foi um passo
decisivo que possibilitou não somente vencer ambientes secos, como também
facilitou, através do vento, sua dispersão. O sucesso na ocupação terrestre
pelas criptógamas vasculares só foi impedida por causa da dependência de água
na reprodução, pois os gametas necessitam de água no seu deslocamento do
anterídeo até o arquegônio.
Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e Trimerophyta, são grupos de plantas vasculares, sem sementes prosperaram
durante período o Devoniano.
São plantas de brejo, consiste em sistema aéreo ereto
dicotomicamente ramificado, preso a um sistema de rizoma (caule subterrâneo),
ramos curtos, nos quais encontram os esporângios. Não possuem diferenciação de
folhas e raízes e sim um sistema aéreo de ramos, coberto de uma cutícula e possuía estômatos;
já que com a ausência de folhas os eixos aéreos serviam como órgão
fotossintetizantes.
O sucesso na ocupação terrestre pelas criptógamas
vasculares só foi impedida por causa da dependência de água na reprodução, pois
os gametas necessitam de água no seu deslocamento do anterídeo até o
arquegônio.
Rhyniophyta
As primeiras plantas vasculares pertencem à divisão
Rhyniophyta, datando do período Pré-Siluriano Médio (420 milhões de anos), extinguindo-se no
Período
Devoniano (cerca de 380 milhões de anos). Sem
diferenciação em órgãos especializados. Possuía caules aéreos ramificados
dicotomicamente com cerca de vinte cm de
comprimento revestidos com uma cutícula, e possuidores de estômatos.
As Rhyniophyta eram plantas sem sementes, dicotomicamente
ramificada e
com esporângios terminais, não possuindo corpo
diferenciado em raízes, caule ou folhas, e eram homosporadas. A Rhyniophyta
mais conhecida é Rhynia, que possuía uma
estrutura interna semelhantes a de muitas plantas vasculares atuais.
Apresentava uma única camada de células superficiais – a epiderme – que
circundava o tecido fotossintético do córtex, e o centro do eixo consistia em
um feixe sólido de xilema envolvido por uma ou duas camadas de células, que
podem ou não ter sido células do floema.
FILO ZOSTEROPHYLLOPHYTA
Os fósseis da divisão extinta
Zosterophyllophyta foi encontrado no Período Devoniano (cerca de 408 até 370
milhões de anos), não apresentavam folhas, eram dicotomicamente ramificadas e
homosporadas. Nesta divisão tem sido sugerido que os ramos que cresciam para
baixo podem ter funcionado como raiz, proporcionando sustentação e permitindo a
expansão da planta.
A divisão Zosterophyllophyta
apresenta esporos globosos ou em forma
de rim, estes eram formados lateralmente em pedicelos curtos. Com estrutura
semelhante a Rhyniophyta, diferencia somente que as primeiras células de xilema
a amadurecer estavam localizadas na periferia do feixe do xilema e as últimas a
amadurecer.
Eram possivelmente aquáticos. Caules aéreos eram
revestidos por uma cutícula, porém apenas os superiores apresentavam
estômatos.Os ramos inferiores frequentemente produziam ramos laterais, que se
dividiam em dois eixo e cresciam em sentidos opostos (para cima e para baixo).
DIVISÃO TRIMEROPHYTA
Provavelmente a divisão Trimerophyta evoluiu das
Rhyniophytas, apesar de possuir maior tamanho e maior complexidade, parecendo
representar o grupo ancestral das samambaias. Apareceram no Período Devoniano
Inferior (395 milhões de anos) e foram extintas no Devoniano Médio (375 milhões
de anos).
Embora evolutivamente mais avançadas, carecem de folhas e
apresentavam um eixo principal formando ramos laterais que se dividiam
dicotomicamente, mas também eram homosporadas. Alguns ramos terminavam em
esporângios e os outros eram vegetativos. Apresentavam um feixe vascular mais complexo que
Rhyniophyta e um amplo córtex composto por células com paredes espessas, capaz de
suportar uma planta consideravelmente grande.
LYCOPHYTA
Lycophyta são representantes de uma
linha evolutiva que se estende desde o Período Devoniano, sendo as primeiras
Zosterophyllophyta seus progenitores. Os esporófitos deste filo são
constituídos por um rizoma (caule subterrâneo horizontal) ramificado que emite
ramos aéreos e raízes verdadeiras.
Atualmente restaram somente três ordens,
cada qual com somente uma família:Lycopodiaceae, Selaginellaceae e Isoetaceae. Provavelmente
seus progenitores foram as primeiras Zosterophyllophyta, são representados
pelos: licopódios (plantas
homosporadas), e selaginelas
(heterosporadas). Cerca de1000 espécies conhecidas.
FILO LYCOPHYTA –
LYCOPODIACEAE
Possuem 400 espécies de maioria
tropical. O esporófito (planta adulta) consiste de um rizoma (tipo de caule
típico de pteridófitas) ramificado que ramos aéreos e raízes. Em geral, os microfilos
são dispostos espiraldamente ao redor dos ramos. São homosporadas (um
espórofito) Após a germinação dos esporos, formam-se gametófitos bissexuados. O anterozóide é biflagelado por isso elas
necessitam de água para a fecundação.
FILO LYCOPHYTA –
SELAGINELLACEAE
Esporófito é herbáceo apresenta
micrófilos, formando estróbilos. São
heterosporadas, com gametófitos unissexuados e
anterozóides biflagelados. Dependência da água. Suas pequenas folhas estão
presentes na face dorsal e na face ventral.
FILO LYCOPHYTA – ISOETACEAE
São heterosporados, formando gametófitos unissexuados. Suas folhas praticamente não apresentam
estômatos, possuem cutícula espessa. Basicamente não fazem trocas gasosas com a
atmosfera.
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