terça-feira, 13 de março de 2012


Equisetales


Atualmente, a ordem é representada por apenas um gênero, Equisetum, com cerca de 15 espécies. Conhecidas como cavalinhas, são encontradas em locais úmidos ou encharcados. São facilmente reconhecidas pelos seus caules com estrias longitudinais e textura rugosa, reforçada pelos depósitos de sílica nas células epidérmicas. Possuem um caule rizomatoso subterrâneo que origina raízes a partir dos nós. O caule aéreo pode morrer em condições desfavoráveis, mas a planta é considerada perene pela persistência do rizoma. Apresentam folhas escamiformes fundidas na base, o que dá o aspecto à planta de possuir filotaxia verticilada. Embora sejam folhas reduzidas e não apresentem lacunas foliares, estão associadas a caules sifonostélicos, o que gera dúvidas quanto à classificação de microfilas e megafilas. Estas folhas possuem coloração enegrecida, sendo o caule o principal responsável pela fotossíntese, possuindo inclusive estômatos que auxiliam nesta função. Os ramos reprodutivos são morfologicamente diferenciados dos vegetativos. Os ramos reprodutivos apresentam estrobilós em suas extremidades, os quais são constituídos por esporangióforos que possuem de cinco a 10 eusporângios. As plantas são homosporadas e os esporos são liberados pelo rompimento da parede do esporângio. A parede externa dos esporos forma elatérios que se desenrolam com a menor umidade do ar e auxiliam na dispersão dos esporos. Os gametófitos bixessuados ou masculinos são verdes e de vida livre, ocorrendo sobre solos lamacentos. A fecundação cruzada é favorecida pelo desenvolvimento de arquegônios e anterídios em diferentes momentos.

Psilotales



        São plantas que possuem um esporófito muito simplificado, sem raízes, com os caules aéreo e subterrâneo dicotomicamente ramificados e com estelo do tipo protostelo.  Devido à ausência de raízes,associações micorrízicas são comuns. Possuem microfilas reduzidas a escamas geralmente com ápice bifurcado e filotaxia espiralada. Tais características assemelham-se às de pteridófitas ancestrais, entretanto representam reversões não tendo relação de parentesco direta com estas plantas nem com as licófitas. As Psilotales são eusporangiadas e homosporadas, sendo que os esporângios estão geralmente fundidos em grupos de três, formando os sinângios. Os sinângios estão localizados na axila de trofoesporófilos. Os gametófitos bixessuados e assemelham-se à porções do rizoma, inclusive por estabelecerem associações micorrízicas.


Ophioglossales


As Ophioglossales são consideradas uma das primeiras ordens que divergiu dentre as Pteridophyta e possui o representante que tem o mais alto número cromossômico conhecido em qualquer organismo vivo   ( ophioglossum reticulatum com 2n= ca.1260 romossomos) São eusporangiadas e homosporadas, constituídas por três gêneros que produzem apens uma folha por ano a partir de um caule rizo amatoso. A folha é uma megafila que possui uma porção vegetativa, trofófilo , e uma porção fértil, esporófilo. Os eusporângios não estão agrupados em soros, podendo ocorrer separadamente ou em sinângios. Estas plantas têm esporos  de vida curta formados em esporângios sem ânulos, sustentados por um caule que parte da lâmina foliar e raízes carnudas. Muitas espécies produzem apenas uma fronde por ano. Algumas espécis produzem apenas espigões férteis, sem qualquer lâmina foliar convencional. Os gametófitos  são subterrâneos. Os esporos não germinam se forem expostos à luz solar,  e o gametófito pode viver cerca de duas décadas sem formar um esporófito. Os gêneros Ophioglossum e Botrychium podem ser facilmente distintos pois o primeiro possui tanto trofófilo quanto esporófilo inteiros, e o segundo profundamente partidos. Botrychium ainda é o único representante das Pteridophyta atuais que apresentam câmbio vascular.


Marattiales

Os membros de Marattiales assemelham-se às samambaias da ordem Filicales por apresentarem frondes grandes e pinadas, embora sejam mais proximamente relacionadas às Ophioglossales. Apresenta seis gêneros e aproximadamente 200 espécies. São homosporadas e  os eusporângios estão caracteristicos, podendo forma sinângios. diferencia-se de outras pteridofitas evolutivamente por ter muitas especies presentes nas zonas temperadas, apesar de normalmente serem encontradas em zonas tropicais. 

      

    Marsileales




Representantes dessa ordem possuem rizomas delgados , que é usado para a fixação dessas plantas que vivem em ambientes aquáticos,lamacentos ou úmidos. O gênero mais conhecido, Marsilea, conhecido popularmente como trevo-de-quatro-folhas, apresenta folha composta constituída por quatro folíolos/pinas. As espécies de Marsileales possuem uma estrutura reprodutiva peculiar resistente à seca, o esporocarpo, que pode resistir a estas condições por até 100 anos. Os esporocarpos germinam em contato com a água, produzindo uma série de soros contendo esporos. As plantas são leptosporangiadas e heterosporadas, sendo que microsporângios e megasporângios estão presentes no mesmo soro. Estudos mais recentes envolvendo filogenia molecular incluem a ordem Marsileales como uma família da ordem Salviniales.







Salviniales


A ordem é constituída por plantas de tamanho reduzido, que flutuam na superfície da água. O gênero Salvina possui um aspecto morfológico interessante, caracterizado por possuírem folhas com filotaxia verticilada. . Em cada nó ocorrem três folhas, dentre as quais duas são flutuantes, o que torna-se possível devido à presença de longos e abundantes tricomas tectores, e a terceira folha é submersa assemelhando-se a raízes. Na folha submersa são encontradas pequenas bolsas (esporocarpos) que contém vários leptosporângios, o que permite classificá-las como folhas e não raízes. Os representantes do gênero Azolla são frequentemente cultivados em meio às plantações de arroz por disponibilizar nitrogênio no ambiente aquático. Isso ocorre devido à associação simbiótica dessas plantas com as cianobactérias do gênero Anabaena. As colônias de Anabaena localizam-se no lobo superior e fotossintetizante das pequenas folhas de Azolla, o lobo inferior das folhas é incolor e submerso. As Salviniales assim como as Marsileales são os únicos representantes do filo Pteridophyta heterosporados . Estudos envolvendo filogenia molecular apontam que a ordem Marsileales seja incluída como uma família da ordem Salviniales.
São plantas que possuem um esporófito muito simplificado, sem raízes, com os caules aéreo e subterrâneo dicotomicamente ramificados e com estelo do tipo protostelo.  Devido à ausência de raízes,associações micorrízicas são comuns. Possuem microfilas reduzidas a escamas geralmente com ápice bifurcado e filotaxia espiralada. Tais características assemelham-se às de pteridófitas ancestrais, entretanto representam reversões não tendo relação de parentesco direta com estas plantas nem com as licófitas. As Psilotales são eusporangiadas e homosporadas, sendo que os esporângios estão geralmente fundidos em grupos de três, formando os sinângios. Os sinângios estão localizados na axila de trofoesporófilos. Os gametófitos bixessuados e assemelham-se à porções do rizoma, inclusive por estabelecerem associações micorrízicas.













Ordem Filicales



Filicales é a maior ordem do filo Pteridophyta, com as samambaias mais conhecidas e pelo menos 10,5 mil espécies, cerca de 35 famílias e 320 gêneros. Quanto ao hábito, aparência e característica, pode ser terrestre, epífito, rupícola, herbáceo, trepador ou arborescente. De acordo com a estrutura e o modo de desenvolvimento de seus esporângios as espécies desta ordem são homosporadas e leptosporangiadas.
As epífitas crescem em cima de outras plantas sem parasitá-las; as rupícolas são plantas que vivem sobre paredes, muros ou rochedos; as herbáceas não apresentam crescimento secundário (crescimento lateral, de engrossamento do caule), alcançando menos de um metro de altura; as trepadeiras crescem sobre outra planta ou qualquer superfície; e as arborescentes têm forma e porte próximos ao de árvores, mas assim não são consideradas por não apresentarem crescimento secundário.
O leptosporângio é um tipo de esporângio oriundo de uma única célula inicial, que primeiro produz o pedicelo e então a cápsula. Cada leptosporângio produz um número relativamente pequeno de esporos. As Filicales produzem um único tipo de esporos, ou seja, são homosporadas.


Os esporângios de Filicales ocorrem nas margens ou na região inferior das folhas, e estão agrupados em soros que podem ter forma e coloração variada. Os soros, quando jovens, podem ou não ser recobertos por um indúsio (Apêndices especializados da folha que recobrem os soros), que seca quando os esporângios atingem a maturidade.
Os esporos de samambaias Filicales dão origem a gametófitos  bissexuados e fotossintetizantes de vida livre,são frequentemente encontrados em locais úmidos, apresentam uma forma achatada e geralmente cordiforme, conhecido como protalo (gametófito fotossintetizante de vida mais ou menos livre, com forma parecida de um coração , que possui vários (rizóides na face ventral). Apesar de os gametófitos serem bissexuados, a maturação de arquegônios e anterídios, frequentemente ocorre em momentos distintos, promovendo a fecundação cruzada. Essa maturação diferencial pode ter um estímulo genético ou químico. Os anterídios ocorrem principalmente entre os rizóides enquanto os arquegônios são formados junto a reentrância, um entalhe na extremidade anterior do gametófito. A água é importante no processo reprodutivo, já que os anterozóides multiflagelados dependem dela para nadar ate a oosfera.

Os gametófitos em algumas espécies de samambaias são duradouros e se reproduzem vegetativamente (de forma assexuada) por meio de gemas, que se desprendem e são levados pelo vento para formar novas colônias. Nessas espécies os esporófitos não são formados nem de forma natural nem em laboratorio.
Quanto ao Estelo (cilindro central situado ao córtex em raízes e caules de plantas vasculares) a maioria das samambaias tem rizomas sifonostélicos, ou seja, são pteridofitas mais evoluídas contendo no centro de seu cilindro vascular de forma não difusa um tecido de preenchimento (parênquima medular) que produzem um conjunto de folhas a cada ano.
Em quase todas as samambaias, as folhas jovens são enroladas (cirnicadas), usualmente denominadas de báculos. Esse tipo de desenvolvimento é conhecido como vernação cirnicada (do latim: vernatio, que significa ato de mudar a pele das cobras na primavera ou de certas árvores mudarem a folhagem com o  bom tempo + circinare, (arredondar) , ou seja, o enrolamento se desfaz gradualmente. Essa folha jovem (báculo) cresce dessa forma para proteger a parte delicada da pteridophyta e ocorre principalmente na ordem filicales.         

Os rizomas e as folhas jovens, báculos, possuem tricomas (pelos) e escamas de grande importância taxonômica. Bem como os tricomas, a forma e a posição dos soros, a ocorrência ou não de indúsio, e a forma e posição do ânulo (única camada de revestimento presente nos (leptosporângios), são características importantes para a distinção de famílias ou categorias taxonômicas inferiores. Algumas famílias apresentam folhas dimórficas (crescimento dicotomizado) e são diferenciadas pela localização de trofófilos (trophos: alimentar; phyllos: folha) e esporófilos (folha que porta os esporangios).


O ciclo de vida de polypodium

“Polypodium é uma samambaia homosporada leptosporangiada da ordem filicales. Os esporos são produzidos nos esporângios por meiose e depois são dispersos. Os gametófitos são verdes e nutricionalmente independente na maioria das espécies. Muitos são aproximadamente condiformes com reentrância apical e possuem somente uma camada de células de espessuras, outras podem representar formas irregulares que são mais espessos. Da superfície inferior do gametófito, filamento celulares especializados, conhecido como rizóides, direcionam-se para dentro do substrato.
A superfície interior do gametófito originam arquegônios em forma de garrafa, cujas as porções inferiores mias alargadas estão inseridas no tecido do gametófito. O colo do arquegônio é composto por varias fileiras de células.
Os anterídios são também originados na superfície inferior do gametófito e tem uma camada protetora estéril. Numerosos anterozóides espiralados e multiflagelados são produzidos dentro dos anterídios. Quando os anterozóides estão maduros e há um suprimento adequado de água, os anterídios rompem-se e liberam os anterozóides, que nadam até o colo do arquegônio.
Na porção inferior do arquegônio, a oosfera é fecundada e o zigoto resultante começa a dividir-se imediatamente. O embrião jovem cresce e diferencia-se diretamente em um esporófito adulto, obtendo sua nutrição a partir por um tempo, mas logo começa a realizar fotossíntese em quantidade suficiente para manter-se. Após o esporófito enraizar-se no solo o gametófito desintegra-se” (RAVEN, 2007). 


                          

 Plantas vasculares sem sementes


O filo Pteridophyta tem sido considerado como compreendendo apenas as samambaias, porem, recentemente as psilotales estão sendo reconhecidos como “samambaias simplificadas”, não merecendo o status de filo separado  ( RAVEN, 2007).  Há cerca de 11000 espécies de samambaias atuais, o maior e mais diverso grupo de plantas depois das angiospermas. Provavelmente a diferenciação das samambaias atuais ocorreu no período Cretáceo Superior, depois que a formação de diversas florestas de angiospermas aumentou a extensão habitantes nos quais as samambaias  perderam propagar-se.
A diversidade das samambaias é maior nos trópicos, onde cerca de ¾ das espécies são encontrados. Cerca de 1/3 de todas as espécies de samambaias tropicais crescem sobre troncos ou ramos de arvores como epífitas.
As samambaias podem ser classificadas como eusporangiadas ou leptosporangiadas, de acordo com o desenvolvimento dos esporângios. Em um esporângio, as células parentais, estão localizados na superfície do tecido a partir qual o esporângio é produzido. As células parentais dividem-se paralelamente a superfície, resultando na formação de uma serie de células interna e externa. A camada celular externa origina à parede do esporângio com varias camadas. A camada interna da origem a um conjunto de células irregularmente orientadas a partir do qual se originam as células-mães de esporos.
Os lepstoporangios são orientadas a partir de uma única célula inicial superficial, que se divide transversal ou obliquamente. Por esta divisão são produzidas duas células: a interna que pode contribuir com células que originam uma grande parte do pedículo do esporângio ou permanecer inativa e não participar do desenvolvimentos posteriores do esporângio que é a condição mais comum. A célula externa origina um elaborado esporângios pedicelado com uma capsula globosa, a qual possui uma parede com uma camada de células de espessuras.
Internamente a está parede existe uma estrutura nutritiva com duas camadas de células de espessuras denominada tapete. A massa interna do lepstoporangio finalmente diferencia-se em células-mães de esporos cada uma.
A maioria das samambaias atuais é homosporadas a heterosperada está restrita a duas ordens de samambaias aquáticas atuais.
As pteridófitas reúnem todas as plantas que possuem tecido de condução: floema e xilema. Não possuem flores, frutos e nem sementes.   A reprodução ocorre com a formação de esporângio e a liberação de anterozóides flagelados e possuem geração gametofítica e esporofítica independentes na maturidade.
Quanto ao habito, pode ser herbácea (não apresentam crescimento secundário) e arbórea. Quanto às formas de vida, podem ser terrestres, epífitas (vive sobre outras plantas sem parasitá-las), aquáticas e trepadeiras (crescem sobre outra planta ou qualquer superfície, parasitando-a).

A evolução das plantas vasculares sem sementes


“As plantas, como todos os seres vivos, possuem ancestrais aquáticos, e a historia da evolução das plantas está inseparavelmente relacionado com a ocupação progressiva do ambiente terrestre e o aumento de sua independência da água para reprodução (RAVEN,2007).”  
Acredita-se que as pteridófitas evoluíram de algas verdes adaptando-se ao meio terrestre no período Ordoviciano, aproximadamente a 450 milhões de anos. O evento que marcou o surgimento das plantas vasculares foi o aumento do tamanho do corpo vegetativo, a formação dos tecidos de condução de seiva, que proporcionaram o transporte de alimentos até os  órgãos onde é possível a realização da fotossíntese, o desenvolvimento de um sistema radicular para fixar a planta e captar água e o aparecimento cutícula cerosa,  limitando a perda d’água. Com o surgimento da cutícula, impossibilitou as trocas gasosas com o meio ambiente, surgindo e evoluindo os estômatos e as células-guarda.
          Na evolução das plantas e a ocupação do ambiente terrestre, a formação de esporos de resistência foi um passo decisivo que possibilitou não somente vencer ambientes secos, como também facilitou, através do vento, sua dispersão. O sucesso na ocupação terrestre pelas criptógamas vasculares só foi impedida por causa da dependência de água na reprodução, pois os gametas necessitam de água no seu deslocamento do anterídeo até o arquegônio.


Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e Trimerophyta, são grupos de plantas vasculares, sem sementes prosperaram durante período o Devoniano.

       São plantas de brejo, consiste em sistema aéreo ereto dicotomicamente ramificado, preso a um sistema de rizoma (caule subterrâneo), ramos curtos, nos quais encontram os esporângios. Não possuem diferenciação de folhas e raízes e sim um sistema aéreo de ramos,  coberto de uma cutícula e possuía estômatos; já que com a ausência de folhas os eixos aéreos serviam como órgão fotossintetizantes.
      O sucesso na ocupação terrestre pelas criptógamas vasculares só foi impedida por causa da dependência de água na reprodução, pois os gametas necessitam de água no seu deslocamento do anterídeo até o arquegônio.

Rhyniophyta

         As primeiras plantas vasculares pertencem à divisão Rhyniophyta, datando do período Pré-Siluriano Médio  (420 milhões de anos), extinguindo-se no Período
Devoniano (cerca de 380 milhões de anos). Sem diferenciação em órgãos especializados. Possuía caules aéreos ramificados dicotomicamente com cerca de  vinte cm de comprimento revestidos com uma cutícula, e possuidores de estômatos.
        As Rhyniophyta eram plantas sem sementes, dicotomicamente ramificada e
com esporângios terminais, não possuindo corpo diferenciado em raízes, caule ou folhas, e eram homosporadas. A Rhyniophyta mais conhecida é  Rhynia, que possuía uma estrutura interna semelhantes a de muitas plantas vasculares atuais. Apresentava uma única camada de células superficiais – a epiderme – que circundava o tecido fotossintético do córtex, e o centro do eixo consistia em um feixe sólido de xilema envolvido por uma ou duas camadas de células, que podem ou não ter sido células do floema.


FILO ZOSTEROPHYLLOPHYTA

          Os fósseis da divisão extinta Zosterophyllophyta foi encontrado no Período Devoniano (cerca de 408 até 370 milhões de anos), não apresentavam folhas, eram dicotomicamente ramificadas e homosporadas. Nesta divisão tem sido sugerido que os ramos que cresciam para baixo podem ter funcionado como raiz, proporcionando sustentação e permitindo a expansão da planta. 
           A divisão Zosterophyllophyta apresenta  esporos globosos ou em forma de rim, estes eram formados lateralmente em pedicelos curtos. Com estrutura semelhante a Rhyniophyta, diferencia somente que as primeiras células de xilema a amadurecer estavam localizadas na periferia do feixe do xilema e as últimas a amadurecer.  
        Eram possivelmente aquáticos. Caules aéreos eram revestidos por uma cutícula, porém apenas os superiores apresentavam estômatos.Os ramos inferiores frequentemente produziam ramos laterais, que se dividiam em dois eixo e cresciam em sentidos opostos (para cima e para baixo).


DIVISÃO TRIMEROPHYTA

       Provavelmente a divisão Trimerophyta evoluiu das Rhyniophytas, apesar de possuir maior tamanho e maior complexidade, parecendo representar o grupo ancestral das samambaias. Apareceram no Período Devoniano Inferior (395 milhões de anos) e foram extintas no Devoniano Médio (375 milhões de anos).  
       Embora evolutivamente mais avançadas, carecem de folhas e apresentavam um eixo principal formando ramos laterais que se dividiam dicotomicamente, mas também eram homosporadas. Alguns ramos terminavam em esporângios e os outros eram vegetativos. Apresentavam  um feixe vascular mais complexo que Rhyniophyta e um amplo córtex composto por células com paredes espessas, capaz de suportar uma planta consideravelmente grande.


LYCOPHYTA

Lycophyta são representantes de uma linha evolutiva que se estende desde o Período Devoniano, sendo as primeiras Zosterophyllophyta seus progenitores. Os esporófitos deste filo são constituídos por um rizoma (caule subterrâneo horizontal) ramificado que emite ramos aéreos e raízes verdadeiras.
Atualmente restaram somente três ordens, cada qual com somente uma família:Lycopodiaceae, Selaginellaceae e Isoetaceae. Provavelmente seus progenitores foram as primeiras Zosterophyllophyta, são representados pelos:           licopódios (plantas homosporadas), e  selaginelas (heterosporadas). Cerca de1000 espécies conhecidas.


FILO LYCOPHYTA – LYCOPODIACEAE

Possuem 400 espécies de maioria tropical. O esporófito (planta adulta) consiste de um rizoma (tipo de caule típico de pteridófitas) ramificado que ramos aéreos e raízes. Em geral, os microfilos são dispostos espiraldamente ao redor dos ramos. São homosporadas (um espórofito) Após a germinação dos esporos, formam-se gametófitos bissexuados.  O anterozóide é biflagelado por isso elas necessitam de água para a fecundação.


FILO LYCOPHYTA – SELAGINELLACEAE
Esporófito é herbáceo apresenta micrófilos, formando estróbilos.  São heterosporadas, com gametófitos unissexuados e  anterozóides biflagelados. Dependência da água. Suas pequenas folhas estão presentes na face dorsal e na face ventral.





FILO LYCOPHYTA – ISOETACEAE
São heterosporados, formando  gametófitos unissexuados.  Suas folhas praticamente não apresentam estômatos, possuem cutícula espessa. Basicamente não fazem trocas gasosas com a atmosfera.




sexta-feira, 2 de março de 2012

Reprodução sexuada

            No ciclo de vida dos musgos os esporos são produzidos dentro da cápsula por meiose que se abre quando uma pequena tampa, o opérculo, é eliminada.   Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde (a fase sexuada chamada gametófito).
           Como você pode perceber, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozóides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera. O anterozóide se funde a oosfera formando o zigoto. O zigoto se divide por mitose, formando o esporófito.
          O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
     
Reprodução assexuada

           As reproduções assexuadas nas briófitas ocorrem de dois modos: por fragmentação e gema. Por gemas o conceptáculo (porção da planta mãe) se desprende e é levada pela chuva, r por mitose origina uma planta filha idêntica a planta mãe.  Por fragmentação ocorre um processo semelhante, a parte da planta mãe se desprende e levada pelo vento e por mitose origina uma planta idêntica a planta mãe.




Importância econômica
           As briófitas possuem grande potencial econômico e como fonte de substâncias importantes, mas pouquíssimos estudos são estão sendo feitos  e ainda muito pouco é aproveitado desse enorme potencial. Tem relevância econômica, na jardinagem, por exemplo; na produção de  antibióticos também, alem de ser bioindicadoras. As briófitas mais importantes economicamente é do gênero Sphagnum.



Importância ecológica
          São organismo pioneiros colonizadores de rochas, arvores  e solos nus. Com o entrelaçamento dos rizóides, fixam estabilizam o solo e acresceste ao entrelaçamento dos rizóides a  acumulação  de húmus   torna o solo apto para colonização de outras espécies. São também importantes captadores de co2 atmosférico por meio da fotossíntese. Ademias retêm a umidade do solo e tem importante papel na reciclagem dos nutrientes.  

                                                             Briófitas

As briófitas surgiram a cerca de 379 bilhões de anos, tem 14.000 espécies conhecidas. Na concepção evolucionista representa a  transição entre algas verdes clorofíceas e as plantas vasculares. No passado, sua posição no Reino Plantae era confusa, mas atualmente sabe-se que é o grupo mais antigo de plantas.   Antigamente as briófitas eram classificadas como criptógamas (estruturas de reprodução não se apresentam visíveis).
As briófitas são plantas de pequeno porte, talosas ou folhosas, que geralmente crescem em locais úmidos nas florestas temperadas e tropicais. Porém, as briófitas não estão restritas a tais ambientes. Muitas espécies de  musgos são encontradas em locais relativamente secos, como desertos, varias espécies podem formar extensos tapetes sobre rochas, que em determinadas condições tornam-se quentes. Poucas espécies de briófitas são aquáticas, algumas podem se encontradas sobre rochas banhadas pelo mar, porém nenhuma verdadeiramente marinha. Contundo preferem locais úmidos, tendo em vista, que depende da água para fecundação, já que os seus gametas são flagelados.
Seu pequeno porte está relacionado com os transportes de nutrientes. Por  não apresentarem sistema vascular, o transporte de nutrientes acorre por difusão celular( célula a célula), de forma que impossibilita um maior crescimento. As briófitas atuais, juntos com os liquens, são importantes colonizadores iniciais de superfícies de rochas e solos nus. Na alternância de geração das briófitas, a parte duradora é a haplóide (n), ou seja, a gametófita.
As briófitas, são compostas estruturalmente por uma cápsula e uma haste que juntos formam os esporófitos, uma base gametofítica. Não possuem caule verdadeiro e sim caulóide e nem  possuem folhas propriamente dita, e sim filóides que são partes achatadas do caulóide. Em algumas a uma proteção a mais no esporófito, denominada caliprita.     




Esquema geral da estrutura  de um musgo:  a) esporófito; b) gametófito; c) opérculo; d) caliptra; e) cápsula; f) haste; g) filídeos dispostos no caulóide;   h) rizóides. 


Ademais, são fotossintetizantes, sensíveis à poluição e a ausência delas indica má qualidade do ar, ou seja, são bioindicadoras. São fixos ao substrato por meio de filamentos chamados rizóides e estes absorvem água do substrato.
As briófitas são dividas em: Briophyta (musgos), Hepatophyta (Hepáticas), Anthocephyta (antóceros).
A divisão briophyta, popularmente conhecida como musgos, crescem geralmente em locais úmidos; são colonizadoras; armazenam muito CO2; e são terrestres; possui três classes: Sphagnidae, Andreaeidae e Brydae.

A divisão hepatophyta, são plantas pequenas encontradas no solo ou rochas úmidas e sombreadas, e sobre troncos ou ramos de árvores, poucas na água; a maioria dá origem a gametófitos a partir dos esporos outra podem formar protonemas filamentosos.


As Talóides é uma das hepáticas mais conhecidas, temos como exemplo a Marchantia que apresenta gametófitos unissexuais facilmente identificados, poros semelhantes aos estômatos, possuem cutícula, rizóides unicelulares para ancorar e gametófitos presos ao solo pelos rizóides. E as hepáticas folhosas que são plantas abundantes nas regiões tropicais e subtropicais, com muita chuva e umidade; possuem felídeos formados por uma única camada de células indiferenciadas.
        
A divisão anthocerophyta, seus gametófitos são semelhantes ao das hepáticas talóides e apresentam-se na forma de rosetas e o esporófito é longo e afilado; sua células geralmente, apresentam apenas um cloroplasto grande; numerosos esporófitos podem desenvolver-se na superfície do gametofítica.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


A conquista do ambiente terrestre


               Compreender em profundidade algo que compõe o nosso mundo significa recuperar sua historia. Por exemplo, todos nós temos uma historia pessoal e nos tornamos pouco compreensivos se não recorremos a ela e à nossa perspectiva de futuro para entendermos quem somos e por que somos de uma determinada forma.
Como todos os organismos vivos as plantas têm uma longa historia evolutiva. Antes as plantas primitivas que habitavam nossa “Gigante Azul” , se “aventuraram” para o meio terrestre. Mas por que sair de um meio abundante em água,para o meio terrestre? Tal transição foi mais imposta do quer qual quer outra coisa; tendo em vista, que com a turbidez da água e sendo o CO2 e  O2  pouco solúvel no meio aquático, as plantas primitivas, perderam os componentes essenciais para fazer fotossíntese, ou seja, não poderia nessas condições produzir seu alimento. “Os requisitos para um organismo fotossintetizante são relativamente simples: luz, água e gás carbônico para a fotossíntese, oxigênio para respiração, e alguns minerais. No ambiente terrestre, a luz é abundante, assim como são o oxigênio e o gás carbônico (ambos os quais circulam mais livremente no ar que na água) e o solo geralmente é mais rico em nutrientes minerais. O fator crítico, portanto, para a transição para a terra, ou como um pesquisador prefere dizer, “para o ar”, é a água.”(RAVEN, 2007).
O primeiro vegetal a conquistar o meio terrestre foi  uma alga verde pluricelular de corpo “gelatinoso” indiferenciado onde as trocas gasosas e processos fisiológicos eram feitos na água. Com a transição do meio aquático para o meio terrestre esse ancestral das plantas, que posteriormente deu origem as briófitas (organismo de transição), teve que enfrentar obstáculos. O primeiro obstáculo foi à falta de água no meio circundante. A solução foi o aparecimento de um órgão para retirada de água do meio, ou seja, o desenvolvimento de uma raiz primitiva (rizóides). Como toda solução trás consigo outro problema,  o aparecimento de rizóides dividiu a planta primitiva em duas partes, uma terrestre (rizóide) e uma aérea (talóide), expondo a parte área aos raios solares. Para enfrentar esse obstáculo a alga verde pluricelular desenvolveu uma cutícula primitiva para impermeabilizar a parte aérea. Não obstante, com a impermeabilização do talóide ocorreu à restrição de trocas gasosas. A solução foi o desenvolvimento de estômatos (conjuntos de células que controla a entrada e saída de gases). Com o aparecimento de rizóides ocorreu outro problema além da exposição do talóide aos raios solares; como sustentar essa parte aérea? A solução foi desenvolver uma parede celulósica.   
É claro que a evolução não para por ai, mas um breve retrospecto sobre sua origem é necessária; como foi elucidado no inicio do texto em questão, “compreender em profundidade algo que compõe o nosso mundo significa recuperar sua historia.” Agora vamos adentrar nas especificidades desse grupo de suma importância tanto ecológica como econômica , no qual se tem poucos estudos.